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Kimberly-Clark deve ampliar capacidade da fábrica de Camaçari em 40%

Focada no segmento de cuidados pessoais, a companhia concluirá neste ano um ciclo de investimentos de US$ 100 milhões em suas operações brasileiras

Após a venda dos ativos de papel tissue para a Suzano, a multinacional de bens de consumo Kimberly-Clark voltou todas as suas atenções para o segmento de cuidados pessoais no Brasil. Líder de vendas em lenços umedecidos no país com a marca Huggies e dona da maior participação de mercado em absorventes femininos com Intimus, a companhia concluirá neste ano um ciclo de investimentos de US$ 100 milhões em suas operações brasileiras.

Cerca de metade do valor foi aplicado ao longo do ano passado na ampliação da capacidade operacional, e o restante será destinado à tecnologia e inovação, marketing e comunicação. Com os investimentos previstos entre 2023 e 2024, a empresa deve ampliar em 40% a capacidade da fábrica de Camaçari (BA), que produz absorventes e fraldas – na avaliação da diretoria, as regiões Norte e Nordeste dispõem de grande potencial de crescimento de vendas e penetração.

A multinacional opera uma segunda fábrica em Suzano (SP), com o mesmo portfólio da planta baiana, que responde também pelo segmento de lenços umedecidos. Ao final do ciclo de aportes, o volume de exportações para os países da América Latina deve aumentar em 15%.

“Nós acreditamos que 2024 vai ser um ano de virada, com lançamentos e tecnologias patenteadas. A companhia tomou decisões necessárias para que a gente pudesse focar nas categorias de cuidados pessoais, fazendo com que a gente ganhasse uma otimização de processos e investisse em novas capacidades”, afirmou o novo presidente das operações brasileiras da companhia, Cláudio Vilardo, em entrevista ao Valor Econômico.

Atualmente, os três maiores mercados da Kimberly-Clark são a divisão América do Norte – incluindo Estados Unidos e Canadá –, seguida pela China e Coreia do Sul. Apesar de não estar no pódio quando o assunto é faturamento, Vilardo afirma que o mercado brasileiro tem importância estratégica graças ao tamanho de sua população e às pesquisas realizadas no centro de inovação localizado em Suzano. “O Brasil é prioridade, é o quarto maior mercado da Kimberly-Clark no mundo e tem um papel de protagonismo em operações, em inovação e na maneira que a gente atua”, destacou.

No caso do mercado de produtos para incontinência, o executivo acredita que o “envelhecimento saudável da população” no país também representa uma oportunidade para o segmento de cuidado adulto, no qual a empresa atua com a marca Plenitud.

Vilardo ressalta que a venda e a aquisição de ativos seguem no radar da companhia como possibilidades de negócio nas operações brasileiras. Sua nomeação como presidente da Kimberly-Clark Brasil, após 25 anos de carreira na companhia, foi anunciada em novembro, quando era diretor sênior de excelência comercial e transformação da América Latina.

Fonte
Valor Econômico
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