Estudo da Essity revela desafios da educação menstrual e saúde íntima feminina no Chile
Pesquisa local aponta sintomas intensos, desinformação e estigmas que limitam o diálogo sobre saúde íntima, reforçando a importância de iniciativas educativas desde cedo

Um estudo da Essity, líder mundial em higiene e saúde, revela lacunas significativas na educação menstrual entre mulheres chilenas de 16 a 60 anos. Apesar de a menstruação ser um processo natural, a pesquisa evidencia que desinformação e estigmas ainda dificultam a discussão aberta sobre saúde íntima.
De acordo com o levantamento local de 2024, 27% das participantes relatam sintomas menstruais intensos que impactam suas atividades diárias, enquanto 9% sentem-se inseguras diante de situações públicas, temendo manchas e dificuldade para abordar o tema.
O estudo também mostra diferenças geracionais marcantes. Entre adolescentes de 16 a 18 anos, 43% demonstram interesse em aprender sobre menstruação, percentual que cai para 12% em mulheres acima de 45 anos. As jovens recorrem fortemente à internet (55%) e às redes sociais (53%) para buscar informações sobre o tema.
“Romper com a desinformação e os estigmas menstruais é fundamental para o bem-estar de meninas e adolescentes. Nosso estudo revela que nove em cada dez jovens esperam que as marcas abordem a higiene feminina e a menstruação de forma educativa, confirmando uma geração mais aberta e consciente. Na Essity, reafirmamos nosso compromisso de promover a educação menstrual desde cedo e em ambientes seguros”, afirmou Yenny García, gerente de Marketing e Novos Negócios de Consumo de Massa da Essity para o Chile, Bolívia e Peru.
INICIATIVAS EDUCATIVAS
Para enfrentar esses desafios, a Essity promove, por meio da marca Nosotras, o “Plano Escolas”, programa que, desde 2007, leva palestras sobre saúde menstrual a comunidades escolares públicas e privadas. A partir de 2022, o programa passou a incluir também crianças, fortalecendo uma conversa mais aberta sobre puberdade e menstruação.
Além disso, a Nosotras oferece recursos digitais, como consultas virtuais com ginecologistas e psicólogas e livros digitais educativos sobre saúde íntima e bem-estar emocional. A marca também lançou ferramentas pedagógicas, como os “Espelhos Vulva”, que incentivam o autoconhecimento, e o aplicativo “Nosotras V-App”, que permite acompanhar o ciclo menstrual e acessar conteúdos educativos de forma direta e confidencial.
O estudo destaca ainda que a menstruação é majoritariamente discutida em ambientes pessoais: 78% das entrevistadas conversam com amigas, enquanto apenas 10% recorrem a professores. O dado reforça a necessidade de integrar a educação menstrual ao contexto escolar para reduzir estigmas e promover conhecimento confiável desde a infância.