P&G registra alta de 3% nas vendas líquidas e mantém projeção de crescimento para o ano fiscal de 2026
Empresa reporta lucro por ação 21% maior e desempenho positivo em categorias de cuidados pessoais e beleza
A Procter & Gamble reportou vendas líquidas de US$ 22,4 bilhões no primeiro trimestre do ano fiscal de 2026, encerrado em setembro, um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas orgânicas, que desconsideram efeitos cambiais e de aquisições e desinvestimentos, cresceram 2%, impulsionadas por aumento de preços e mix favorável.
O lucro líquido diluído por ação (EPS) foi de US$ 1,95, crescimento de 21%, reflexo de menores despesas não recorrentes em comparação ao ano anterior. O lucro básico ajustado por ação (Core EPS) subiu 3%, para US$ 1,99. O fluxo de caixa operacional atingiu US$ 5,4 bilhões, com produtividade de fluxo de caixa livre ajustada de 102%. No trimestre, a companhia retornou US$ 3,8 bilhões aos acionistas, sendo US$ 2,55 bilhões em dividendos e US$ 1,25 bilhão em recompra de ações.
“Nosso crescimento orgânico nas vendas, lucros e resultados financeiros no primeiro trimestre refletem a forte execução de nossa estratégia integrada”, afirmou Jon Moeller, presidente e CEO da P&G. “Estamos aumentando o investimento em inovação e criação de demanda para melhorar o valor para os consumidores e impulsionar o crescimento da categoria”.
DESEMPENHO POR SEGMENTO
O segmento de Baby, Feminine e Family Care manteve-se estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
- Baby Care apresentou leve alta, sustentada por mix premium favorável e aumento de volume;
- Feminine Care ficou estável, com ganhos de preço e inovações compensando a redução de volume em algumas regiões;
- Family Care recuou ligeiramente devido a investimentos promocionais e ajustes de mercado.
O segmento de Beauty teve crescimento orgânico de 6%, com destaque para produtos de Hair Care e Skin Care — impulsionados por inovação e posicionamento premium na América do Norte. Já Grooming e Health Care cresceram, respectivamente, 3% e 1%, enquanto Fabric e Home Care permaneceram estáveis.
A margem operacional ajustada ficou inalterada em relação ao ano anterior, sustentada por ganhos de produtividade que compensaram pressões de custos e mix.
PROJEÇÕES PARA O ANO FISCAL DE 2026
A P&G mantém suas projeções de crescimento para o ano fiscal, estimando alta de 1% a 5% nas vendas totais e de 0% a 4% nas vendas orgânicas. A empresa prevê um crescimento de 3% a 9% no lucro por ação e mantém expectativa de fluxo de caixa livre ajustado entre 85% e 90%.
Para o período, a companhia estima gastos de capital entre 4% e 5% das vendas, e projeta US$ 10 bilhões em dividendos e US$ 5 bilhões em recompra de ações.
Os resultados indicam resiliência operacional e consistência na execução da estratégia de crescimento integrada, mesmo diante de desafios geopolíticos e de custos, segundo a companhia.
