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Programa Dignidade Menstrual distribui mais de 230 milhões de absorventes em 2024

Iniciativa do governo federal beneficiou mais de 2 milhões de pessoas, mas enfrenta desafios na divulgação e acessibilidade do programa

O Programa Dignidade Menstrual, coordenado pelo Ministério da Saúde, distribuiu 239,9 milhões de absorventes em 2024 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Farmácia Popular. Com um investimento de R$ 119,5 milhões, a iniciativa beneficiou 2,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social extrema ou de baixa renda. 

Lançado em 8 de março de 2023, no Dia Internacional da Mulher, o programa passou a operar efetivamente em 17 de janeiro de 2024. A proposta visa garantir o acesso gratuito aos absorventes para estudantes da rede pública, pessoas em vulnerabilidade social e indivíduos privados de liberdade. 

Apesar do impacto positivo da distribuição dos itens de higiene, especialistas apontam desafios na comunicação do programa. Há críticas à falta de adaptação da divulgação para públicos em vulnerabilidade extrema, especialmente no acesso à informação sobre a retirada dos produtos nas farmácias credenciadas. 

Outra questão levantada é a necessidade de ampliar o escopo da iniciativa para além da oferta de absorventes. Profissionais da área da saúde destacam a importância de ações complementares, como melhorias no saneamento básico e educação menstrual, para garantir condições adequadas de higiene e dignidade para quem menstrua. 

O Ministério da Educação informou que não há metas específicas voltadas ao ambiente escolar dentro do programa, reforçando que sua execução é responsabilidade do Ministério da Saúde. Já o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Políticas Penais não se manifestaram sobre a inclusão da população carcerária na distribuição dos absorventes. 

Pesquisas apontam que, em unidades prisionais, o acesso a itens de higiene depende da condição financeira das famílias das detentas, o que pode representar uma violação de direitos básicos. Diante desse cenário, especialistas defendem a ampliação das políticas públicas para garantir que todas as pessoas que menstruam tenham acesso não apenas a absorventes, mas também a condições dignas de higiene. 

Fonte
Metrópoles
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